Avaliação da oxigenoterapia em pacientes adultos em uma unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30968/rbfhss.2023.143.0915

Resumo

Objetivo: realizar um diagnóstico situacional da adequação das prescrições de oxigenoterapia em unidade de terapia intensiva (UTI) de adultos de um hospital de ensino do Nordeste do Brasil. Métodos: trata-se de um estudo de caráter transversal, descritivo, retrospective e quantitativo, no qual foram avaliados os prontuários e prescrições dos pacientes em uso de oxigênio, internados na UTI entre os meses março e junho de 2021, com base nas diretrizes da British Thoracic Society (BTS). Esta preconiza que saturação alvo de O₂, dispositivo de entrega e o fluxo de O₂inicial são critérios mínimos e obrigatórios a prescrição de oxigenoterapia. O projeto faz parte de uma pesquisa maior com aprovação no comitê de ética em pesquisa envolvendo seres humanos com o número 3.709.534 (CAAE n° 22984119.9.0000.5546). Resultados: A amostra foi composta por 42 pacientes. Destes, 90,5% possuía indicação de uso de oxigênio, porém apenas 71,4% constava a oxigenoterapia na prescrição. Nenhuma prescrição continha a saturação alvo, 64,3% apresentava o dispositivo de entrega e 16,7% continha o fluxo inicial ou a fração inspirada de O₂. Conclusão: O estudo demonstrou que as prescrições de oxigênio na unidade assistencial pesquisadas não atendem às recomendações da BTS e que intervenções devem ser realizadas para tornar o cuidado mais seguro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Poitou P, Fouret C, Duffau E. [Regulations on gases for medical use in France. Annales pharmaceutiques francaises [Internet]. 2002 Sep 1;60(5):326–32.

Associação Portuguesa das Empresas Químicas - APEQ. Manual hospitalar: boas práticas de gestão de gases medicinais. Lisboa: APEQ; 2017. Available on: https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/publicacoes/manual_hospitalar_boas_praticas_de_gestao_de_gases_medicinais_14117516575b06b2ae12906.pdf. Accessed on: 22th Oct 2021.

Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC nº 69 de 1 º de outubro de 2008. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Gases Medicinais. Brasil; 2008.

Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC nº 70 de 1 º de outubro de 2008. Dispõe sobre a notificação de Gases Medicinais. Brasil; 2008.

González-Moro JMR, Bravo QL, Alcázar NB, et al. Oxigenoterapia continua domiciliaria. Open Respiratory Archives [Internet]. 2020 Apr 1;2(2):33–45. DOI: 10.1016/j.opresp.2020.03.004

Brueckl C, Kaestle S, Kerem A, et al. Hyperoxia-Induced Reactive Oxygen Species Formation in Pulmonary Capillary Endothelial Cells In Situ. American Journal of Respiratory Cell and Molecular Biology. 2006 Apr;34(4):453–63.DOI: 10.1165/rcmb.2005-0223OC

Vincent J-L, Taccone FS, He X. Harmful Effects of Hyperoxia in Postcardiac Arrest, Sepsis, Traumatic Brain Injury, or Stroke: The Importance of Individualized Oxygen Therapy in Critically Ill Patients. Canadian Respiratory Journal. 2017;2017:1.DOI: 10.1155/2017/2834956

Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 731, de 25 de agosto de 2022 - Dispõe sobre as atribuições e competências do farmacêutico nas atividades que envolvem gases medicinais. Imprensa Nacional [Internet]. www.in.gov.br. [cited 2023 Jan 12]. Available from: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-731-de-25-de-agosto-de-2022-427633572.

O’Driscoll BR, Howard LS, Davison AG. BTS guideline for emergency oxygen use in adult patients. Thorax 2008 Oct 1;63(Supplement 6):vi1–68. DOI: org/10.1136/thx.2008.102947

O’Driscoll BR, Howard LS, Earis J, et al. BTS Guideline for Oxygen Use in Adults in Healthcare and Emergency Settings. Thorax. 2017 May 15;72(1):ii1–90. DOI: 10.1136/thoraxjnl-2016-209729

Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anexo 03: Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; 2013. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-na-prescriccao-uso-e-administracao-de-medicamentos. Acesso em 5 mar 2022.

Stuart-Harris C, Bishop JM, Clark TJH, et al. Long term domiciliary oxygen therapy in chronic hypoxic cor pulmonale complicating chronic bronchitis and emphysema: Report of the Medical Research Council Working Party. 1981.i:681-6.

Dodd ME. Audit of oxygen prescribing before and after the introduction of a prescription chart. BMJ. 2000 Oct 7;321(7265):864–5.DOI: 10.1136/bmj.321.7265.864

Gunathilake R, Lowe D, Wills J, et al. Implementation of a multicomponent intervention to optimise patient safety through improved oxygen prescription in a rural hospital. Australian Journal of Rural Health. 2014 Dec;22(6):328–33.DOI: 10.1111/ajr.12115

Wijesinghe M, Shirtcliffe P, Perrin K, et al. An audit of the effect of oxygen prescription charts on clinical practice. Postgraduate Medical Journal. 2010 Feb 1;86(1012):89–93. DOI 10.1136/pgmj.2009.087528

Chu DK, Kim LH-Y, Young PJ, et al. Mortality and morbidity in acutely ill adults treated with liberal versus conservative oxygen therapy (IOTA): a systematic review and meta-analysis. Lancet. 2018;391(10131):1693–705. DOI: 10.1016/S0140-6736(18)30479-3

Publicado

2023-09-27

Como Citar

1.
BARROS ML, SANTOS BL, CARDOSO GC, LIMA FJ, OLIVEIRA DT, OLIVEIRA GU, ALMEIDA EL, VASCONCELOS AP, AMORIM FR. Avaliação da oxigenoterapia em pacientes adultos em uma unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino. Rev Bras Farm Hosp Serv Saude [Internet]. 27º de setembro de 2023 [citado 28º de setembro de 2024];14(3):915. Disponível em: https://rbfhss.emnuvens.com.br/sbrafh/article/view/915

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)